Poemas : 

Quietude final

 
O momento é de silêncio
Na estrada do sem fim
Onde o desagrado ultima
A consternação emergente
Do sentido já morto
E sem memória retida

O atalho já não serve
Para uma utilização certa
De um destino aproximado
No tempo que não demora
Na exaustão de cada hora
E da mensagem proscrita

A nuvem já não existe
No desfiladeiro estrelar
E na insónia da paisagem
Esquecida no lamento
Onde despontou a vileza
De toda a consumação

Os clamores terminaram
Na pressão permitida
Que restaura ambiguidade
E desfere imposições
Sem sentido profícuo
E valor sensorial

O sentir já não mora
No contexto da vida
Ou de qualquer existência
Então nada mais fenece
E outra origem prevalece
Numa morte permitida


António MR Martins


António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...

 
Autor
António MR Martins
 
Texto
Data
Leituras
811
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 11/09/2011 21:22  Atualizado: 11/09/2011 21:22
Colaborador
Usuário desde: 02/04/2009
Localidade: Caldas da Rainha - Portugal
Mensagens: 6963
 Re: Quietude final
por vezes reinam silêncios
devastaDores!...

saudações

_Abilio.