Morre o amor mas não a amizade.
Na realidade um faz parte do outro,
e só o descaso e o indevido olvido,
fará fenecer as flores, agastadas
com a beleza, que entretanto se
perdeu, nos recantos dos imensos
jardins. Toco numa flor, ei-la
morta pela haste, por meu desleixo.
Não fui senão um grande sonhador,
dormindo à beira mágoa de mim,
que pelo amor, se entregou,
como às águas, que no rio se avivam.
Pretensões tive-as, na medida precisa,
mas meu ser, em total desalinho,
roubou-me o minuto fatal,
que a ser vivido, mil fragrâncias teria.
Do Homem que já fui, hoje sou metade
de mim, mas enquanto brilhar o sol,
e tuas palavras, sejam aconchego,
pena não terei, só um rasgo de alegria.
Jorge Humberto
10/09/11