O Sol veio aquecer o nosso ninho
E uma linda cegonha deixou sobre
Os nossos lençois de linho,
A mais bela dádiva à qual pudesse sonhar.
De frente para este pequeno ente,
Eu estou em êxtase!
Quanto mais a admiro do meu olhar,
Mais o meu amor é quente, como brasa
Es minha filha, filha da minha carne,
Eu vou-te idolatar.
Aperto-a forte , nos meus braços de algodâo.
Contra o meu peito, sinto palpitar o seu coração.
As minhas mãos acariciam o seu corpo
E eu entro em òrbita,
Òrbita de amor, de amor se fim.
Eu te amarei, Anjo do meu encanto
Na vida eu te guiarei,
Oh... como eu te amo tanto.
Tu és meu amor, meu querubim.
E durante a noite, não faço que sonhar.
Sem trêvas a vejo crescer, a vejo andar.
Sonho de a ir buscar à escola, de a proteger.
Sonho de a acomponhar à Igreja para se casar.
Vejo os meus cabêlos esbranquiçar, esbranquiçar...
Com a certeza de ter cumprido o meu dever.
A. da fonseca
Por motivos de ordem familiar, este sonho só teve metade da realidade.