Desvanece-se a noite que cobre o Verão
Revela-se o sol que assombra o Inverno
Anjos caídos tocam as trompetas da agonia
Os seres malditos mostram-se ao mundo
Os ventos sopram melódicos e fortes
Os Deuses observam os humanos
Enquanto saboreiam o vinho de Dionísio
De entre os esquecidos surge um vulto
No seu olhar apático vive o vazio
No seu rosto habita um sorriso triste
Caminha lentamente entre os vivos
Sabendo que a vida deles esta morta
Preso entre o mundo e a solidão
Um guerreiro solitário revela a sua glória
Olhares incrédulos observam-no
Enquanto sozinho desafia o mundo
Os Deuses comentam entre si
A audácia de um homem sozinho
Querendo completar o vazio do olhar
Aprender a sorrir no seu destino
Por entre a vida morta dos humanos
“Para amar o abismo é preciso ter asas…”