Meu cordel é carioca
Canta Samba e não Repente
Quem bronzeia a tapioca
É o meu sol lindo envolvente
Verso é fuso e rima é broca
Na obra de toda gente
Quando o mar beija a areia
Declarando sua paixão
A brisa que cá passeia
Vai repousar no Sertão
Invejando a lua cheia
Clareando a imensidão!
Meu Cordel é pagodeiro
E o seu gingado é fatal
Pois sendo o rei do terreiro
Faz o galo passar mal
Em casa de batuqueiro
Samba é o dono do quintal!
Cada dia na semana
Traz um brilho renovado
E a minha gente bacana
De sorriso escancarado
Contempla Copacabana
marejando o Corcovado
Marisa Rosa Cabral.
Falar de mim? O quê?
Sou tempestade em copo d'água... Besta feito uma égua que não se curva e não se dobra, mas, se tu me cobra, eu digo: Sou chuvarada de verão, deserto quanto sertão e ainda ando só, sozinho... Remoendo as mágoas que ninguém ouve e...