Poemas : 

Por baixo da ponte - Lizaldo Vieira

 
Por baixo da ponte - Lizaldo Vieira
A ponte caiu
O riacho enxurrou
Rachou
O açude sangrou
O mundo caiu
A semana começa
Com tempo fechado
Muito frio em algumas regiões
Uma grande massa de ar quente
Cobre a maior parte do País
Facilitando a formação de nuvens carregadas
Provalmentge
Teremos chuvas torrenciais
A umidade relativa do ar
Baixou
No norte
Nordeste
Sul
E no centro oeste
No começo chuva fina
Vento fraco
Moderado
Ameno
Apenas chuvisco
Poucos pingos
Em milímetros
Anuncia a meteorologista
Manhã de tempo bom
Possibilidades de nuvens esparsas
De repente
O céu
Fecha o tempo
Fortes rajadas de Vento
Assoviam na janela
Nuvens escuras tomam conta do sol
O rio sacode as ribanceiras
Com fortes ondas
Em seguida
A chuva desaba
Cada pingo
Uma cabaça
Vilarejos afogados
Famílias inteiras em desgraça
Cheiro de nervosismo no ar
Chaga
Chega
Bombeiros
Defesa civil
Desastre igual
Quem faz os primeiros socorros
Nunca se viu
tantas cenas dantescas
Invadindo os vídeos
As capas de jornais
Nas primeiras paginas
Um só assunto
Rio invade casebres
Encostas de morros
Barracos
De papelão
Sem telhado
Desabam
Mais um tormento
Pra quem
Não teve tempo
De salvar nada
A propagação da frente fria
Rapidamente se alastra
Muda os ares
A temperatura entra em acentuado declínio
Enquanto as mínimas podem chegar aos
Agora
Só a intervenção humanas
Em cena de guerra
Serão necessárias
A tempestade
Não mand recado
Será longe demais
Não seremos cazes de controlar
Personagens do mundo politico
Reúnem -se
Anunciam medidas emergenciais
Mostram a cara no sertão
Declaração de calamindade publica
Há dias atrás
Tudo era tão Diferente
Em nosso torrão
Local de viver
O povão
Moradia popular
Muita gente
Nos barracos
De papelão
Sem telhado
A frente fria Praticamente
Levou metade
Do continente
Motivos para colocar em alerta
O osetor produtivo
O mercado dita o preço
Mais caro
Agora é quem comanda
O basico
Por tudo isso
Fica caro
Carne
Fica caro
Peixe
Fica caro
Ovo
Depois da luta
Entre água e rochedo
Quem perde mais
É a massa
Que amassa
Que come farinha
De mandioca
Quem vive da roça


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
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