No caminho, luzes
verdes campinas
nuvens fugazes
Serra das Araras
Na chegada, penumbras
ventos de inverno
nuvens cinzentas
balança o pinheiro
No olhar, pálida íris
corpo consumido
nuvens vorazes
dolorido cenário
Na saída, terno abraço
segura o pranto reprimido
nuvens alveolares
no peito cansado
No caminho, de retorno
abre-se cortina, vem o sol
nuvens perdizes
no espírito-farol.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em 3/9/2011, refletindo sobre o câncer e a transfiguração provocada em ente querido.