É noite,
lá fora ruge a tempestade.
no nosso quarto há silêncio e paz...
com mãos quentes vou lhe acariciando...
Meio sem graça, você
me beija, me abraça,
me amassa...
E agora, com mãos trêmulas,
tiro sua calça
e preencho seu vale
que antes era verde...
A tempestade desaparece,
você esmaece,
amolece
e adormece,
como uma criança no berço...
Lá fora,
a noite profunda,
depois de ter o ar
lavado pela chuva,
é cheirosa
e, agora, silenciosa...
Nem um grilo canta!...