Revés santificado
Emudeci perto da piedade para coagir e delongar
aquele revés santificado.
Mas foi anunciado o vocábulo divino a ser visto e
revisto e assassinado.
Como uma estrela bem pura clarificou a penumbra e
o planeta oscilou bem fino.
Num momento alterou inexplicavelmente e demudou
o cheiro do sabor já divino.
Gritou o meu silêncio ao meu redor através da arca da
aliança e da lamúria involuntária.
Por fim proferiu a expressão não como quem fraqueja
e incita o desespero da malária.
Porém como quem foge do xadrez e nota o santificado
laquear das macieiras.
Junto com os demônios perturbadores das dores febris
ungida pela viseira.
Mas tinha uma luz em inglês adaptado e pervertido
pela importação da fé.
Tinha Cristo, Buda, Maomé, uns sentados e outros á
amparar-me de pé.
Foi assim a noite inteira com dragões e serpentes
fazendo meu cabelo.
Mordia os meus lábios em grandes confusões de um
excêntrico pesadelo.
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O NOVO POETA. (W.Marques).
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