Guardo sempre em minha memória Dum romance que eu li a história De Rosinha e seu amado Catimbau Rosinha era filha de um fazendeiro O seu pai possuía muito dinheiro Mas o moço era um pobre capiau
Rosinha era uma moça tão nobre Mas não fazia restrição a pobre Na Capital ela havia se formado Catimbau um caboclo trigueiro Cresceu sem ver a cor do dinheiro Na dura lida da criação de gado
Um dia Catimbau se encontrou Com Rosinha, no fim do carreador E, quis se aproveitar desta ocasião Para Rosinha, um beijo ele pediu Mas Rosinha, assim, não consentiu E prometeu para a festa de S. João
Na tarde daquele dia tão esperado O patrão chamou os peões de lado Para ver quem laçaria o Tinhaço Era o touro mais ágil da redondeza Tinha muita força e também braveza E os nervos mais duros que o aço
Mas os peões ficaram assustados Foram saindo para outros lados E só Catimbau foi quem aí ficou Disse:- vou mostrar quem sou eu Mas quero o beijo que me prometeu Rosinha, a ele, então confirmou
Catimbau montou em seu cavalo No reio, ele deu um forte estalo Para demonstrar a sua destreza A platéia nesta hora o aplaudiu O seu laço, no ar, ele sacudiu E foi ao pasto laçar a sua presa
Mas no momento que o laço atirou O seu cavalo, na hora rodopiou No pescoço o laço veio a enrolar E num arranque que o touro deu O seu pescoço então se rompeu E a sua cabeça veio a decepar
Trouxeram-lhe a cabeça do peão E Rosinha, chorando pediu perdão No seu rosto ela tristemente beijou Com lágrimas, ela disse meu bem Espere um pouco que eu também Encontrar contigo eu me vou
Rosinha deste dia para a frente Foi ficando cada vez mais doente Até que um dia ela também morreu Este foi o final de uma história Que não teve alegria e nem glória E todo aquele povo entristeceu.