Sou tantos eus, mas sou sozinha, sou tantos uns mas sou só uma. Indubitavelmente uma e apenas uma.
Porquê uma simplicidade tão complicada, como uma ventania que teima em nunca cessar.
O meu nada deixará coisas escritas, porque as palavras são os únicos pensamentos em que podemos tocar, porque ao escrevê-los, torna-mo-los mais reais que nós.
São pensamentos soltos que, acabam por ficar presos a uma folha de papel.
Acabo a viajar no tempo quando dou por mim a folhear este livro.
Muitos amores profundos, que se resumiram no mesmo objectivo, que no fim de escrito e chorado, acabamos por não dar mais valor, ao mesmo tempo que está guardado em algum lugar recôndito do nosso coração.
Olho para o amor porque não consigo desvendar os seus mistérios, quando penso, que já consegui desmontar a humanidade em coisas simples.
Vejo que chove e,que, a água bate na minha janela como uma poesia, que em qualquer momento acaba, a chuva cessa e o ser humano morre.
Penso sempre que tudo é efémero, e que possivelmente pertenço a um organismo qualquer.
Gatopreto