A noite já vai longa, e no meu telhado vou pensando que, todo este tempo tenho agido como se tivesse vivido toda a minha vida sozinha. A lua já não brilha para mim, e eu o gato preto de olhos brilhantes, sinto que viver sem esse brilho é como se o Verão não tivesse aquele calor, e dias longos.
Por vezes ainda tento que olhes para mim...
Chamo-te com o meu miar fino, mas doce em vão.
Suspiro, dizendo: " Gato a noite já não é mais para ti".
Após dizer isto a mim própria, abandonei o meu telhado.
Abandonei aquele telhado de onde te mirava, à espera que sorrisses para mim.
Gatopreto