Queria tanto um aperto teu
Um daqueles beijos que...
Sei que só tu saberias dar.
Queria ter-te menina no meu colo,
um beijo...
queria dar-te a mão,
mesmo sabendo que, em ti
não há qualquer complacência.
Mas é naquelas horas,
Ah! Naquelas horas,
queria que viesses buscar,
e me levasses em teus braços,
Sim tu avassaladora como sempre,
que invades qualquer mente,
que amedrontas qualquer ser,
Que entras derrepente.
Tanto te chamo oh doce Morte,
Tanto anseio pelo teu abraço,
E que o teu doce toque,
Me roube o meu ultimo suspiro,
A minha ultima palavra de eloquência,
Calar por fim a minha torpe voz,
envolvendo-me na tua magnificência.
Gatopreto
(P.s.: Escrito numa Época muito perturbadora da minha vida )