Tarde de sol, em todo o seu esplendor;
e uma pequena brisa, incorrendo
nas árvores, mostra o reverso das folhas,
que são de um verde mais escuro.
Debruço-me sobre o rio, que passa
lá mais em baixo, em suas ondas cintilantes,
e um pequeno barco, sulcando as
águas, sereno navega, para a sua foz.
Jardins de minha infância, florescem
incandescentes, em lindos matizes coloridos;
e insectos, tontos de fragrâncias,
voltejam ébrios, indo de flor em flor.
Lindas borboletas, com asas de papel,
voam ao sabor, de um vento brando;
pousando a sua débil fragilidade,
numa pequena fonte, de águas cristalinas.
E pardais, aos bandos, limpam suas penas,
num pequeno pedaço, de areia e de pó;
indo, de seguida, em debandada,
para a linha, que circunda o horizonte e o mar.
De repente, tudo está sossegado,
e um imenso céu, que vai nos azuis dos azuis,
cobre toda a paisagem, até onde meu
olhar alcança, debruado de encantos mil.
Jorge Humberto
27/08/11