Sonetos : 

Perfume

 
Abro a janela e sinto o perfume
Das flores de mil cores que se entrelaçam
Da sua graça sinto ciúme
Dessa ternura com que se abraçam

São frágeis e puras paletas de cores
São promessa de sonhos a quem vai nascer
São cânticos que falam de eternos amores
São escravas das mãos que as irão colher

Quem me dera ter tamanha beleza
E que pudesses ler no meu triste olhar
A sede da vida que me atormenta

Sentirias bem a minha incerteza
De no teu peito eu desabrochar
Numa primavera de que estou sedenta



Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós.
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim

Sophia de Mello Br...

 
Autor
Mariadomar
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/08/2011 13:53  Atualizado: 28/08/2011 13:53
 Re: Perfume
Ola poetisa!

Gostei do seu poema belo e terno o seu poema. A pureza das flores, aromas de um amor desejado. Escreve lindamente

Beijo azul