CORDEL
Cada verso que leio me fascina,
Pela forma do nobre trovador,
Que descreve a cena com amor,
E enaltece a semente nordestina,
Pois aqui em São Paulo já ensina,
O cordel em matérias escolares,
É a vida tomando outros ares,
Onde antes se estudava medicina,
Já merece até nossos aplausos,
A gigante cidade e seu fascínio.
Pois aqui eu fecho com você,
Sou da vida o crente inveterado,
Considero que isto é um fado
Afirmar-se que Deus é invenção,
te garanto é o propósito do cão,
E desta eu não vou compartilhar,
Eu preciso ainda é me esmerar,
Para vir ser um legitimo cristão,
E a Jesus proclamar uma missão
De salvar toda a plebe da nação
Não te faça um piedoso de mim,
Esquecendo de olhar para você,
Que não consegues dar ao viver,
A relevância saída dos carinhos,
Muito embora insistas em dizer,
Que preferes até morrer sozinha,
Mas é fato que nunca adivinhas,
O que pode ainda acontecer-te,
mas se acaso sentires falta minha,
Poderás minha presença requerer.
Cada homem pratica seu legado,
E por fim se produz a somatória,
Reformulando o curso da historia,
De um mundo regado a desamor,
Fraternidade é algo que passou,
Mas ainda deveríamos ensinar,
Se não formos capazes de doar,
O que vinga das graças do senhor
Independe ser crente, ou pecador,
Não cabe-nos ficar envergonhado.
Ao cordel eu me integro aliado
E me faço dentro das nuances,
Sextilhas ou martelo agalopado
As oitavas seguidas do mourão,
O importante é fazer tudo rimar,
E contar a historia em profusão
Proferindo do fundo do coração,
É assim que nascem as poesias,
Nas rodas de fartas cantorias,
Dos acervos melódicos do sertão.
A minha gratidão a todo aquele que me prestigiar com sua leitura as estes pacatos versos, que são concebidos com o proposito de ampliar
as fronteiras do engajamento literário.
(Miguel Jacó.)
Miguel Jacó