Poemas : 

Com quem conversamos - Lizaldo Vieira

 
Com quem conversamos - Lizaldo Vieira
Quantas vezes
Na rara beleza do universo
Metamorfose
Sussurramos
Nem respiramos fundo
Quando paramos
Ouvimos
Vozes roucas
Loucos
Por silencio
Na mata fechada
Da relva molhada
A gota de orvalho
Chamando pra conversa
Conversamos
Com tudo
Do ludico
Da alegria
De viver
O ver a vida
Em xamego poetico
No puro silencio
Com todos
Por todos os cantos
E lados
E temos respostas
No largo
Na janela sem esperança
No cantar triste do passarinho
Solitário
Na pequena flor silvestre
Apelando silenciosa
Olha pra mim
Fica comigo
Temos tanto pra conversar
Asas pra voar
Escalar montes
Viajar distancia
Asas ao desabafo
Assim mesmo
Vigiando florestas
Pioneiras saúdam
No vai e vem das palmeiras
O vento solicita
Apela
Vem comigo
Pro embalo
Dança do vento

Também das cachoeiras espumantes
Peixes furiosos
No cio da piracema
Faz acenos á compreensão
Do sistema
Da vida em desafio
Enquanto o velho poço
No riacho morto
Apenas lamenta
Foi-se o tempo
Em que houve navegar
Por águas claras
De vitalidade
Esperança
Procriação
Liberdade
Hoje
Só resta o lamento
Escrito no leito assoreado
Nas margens em desmanche
No choro entalado
Do rio sem lagrimas
Sem águas alimentadoras
De outros
Felizes momentos
Nesse caso
A conversa é muda
O lixo
O esgoto
O desmate dos silos
A ignorância
Tão calados
Pela estupidez da resposta
Por extermínio
Do segredo
Dessa talfidelidade



Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
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