O meu arco-íris
Já o dia nascia, umedecido, entre os belos raios de sol
Lá fora as aves, voam intensamente, anunciando o dia
O orvalho fresco rega as árvores de forma gentil e suave
As gotas transparentes viajam através do espaço sideral
Tudo é mágico, transcendente, único, natural, é a real vida
Transformando tudo, se renovando, e tudo despertar ali
A chuva teima em cair, o Sol teima em ficar, quem vence
Apenas a beleza, vence ali, nuvens carregadas, tão densas
Tudo parece estar zangado, reprimido, o silencio é mortal
Apenas escutas as leves gotas, perfumando as tuas narinas
O cheiro a terra molhada, o cheiro a erva, jasmim e a rosas
Deixa-me a flutuar entre o real e o imaginário, uma bela tela
Meus olhos não perdem nada, o vento os acaricia duramente
Vejo uns cavalos, descansando no farto pasto, o verde ofusca
Todos os meus pensamentos ficam pedidos no vale dos insanos
Meu Eu, fica grato, vivenciando o momento ali, não tem descrição
As flores agitam-se alegres, deixando-se refrescar e a sua sede
O sol rasga imponente, vaidoso, poderoso, entre sacudidelas
As nuvens, delas saem um belo arco repleto de cores, lindas
Quis subir nelas, banhar nelas, suspirar rodeada pela leveza
Dos tons pastel, dos tons da imaginação do mundo, únicos
Que tanto despertaram artistas, entre obras inesquecíveis
Voei feliz, era uma pequena fada ali, fazia parte da natureza
Era parte do mais belo quadro, recriado por Deus, o nosso Pai
E na hora que um dia eu partir, subirá no arco-íris, minha alma
Para rapidamente poder abraçar os meus irmãos e o meu Pai
Assim eu mato a minha saudade, do meu Pai e do meu arco-íris...
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