Se por pensar, ditames alcanço,
é porque no verso me revejo,
e a minha douta emoção voa longe,
ao encontro do poema perfeito.
No me sonhar, sonhar acordado,
sou do entressonho a realidade,
e no mar das minhas existências,
colho em meu peito, o livre arbítrio.
Pelo pensamento dito me realizo,
ser de critérios magnânimos,
e ao coração olvidado dou guarida,
numa mostra, talvez de amor.
Numa profusão, num todo liberal,
não esqueço que sou poeta,
e que a poesia, a si própria se diz,
como num olhar para as coisas.
Coisas que o pensar fundamenta,
explana, colhe e logo usufrui,
como se reparar não fosse abstracção,
mas uma repercussão de mim.
Jorge Humberto
24/08/11