Poemas -> Surrealistas : 

As Aparências Enganam

 
Tags:  amor    paixão    saudade    desejo    solidão    dor    reflexão  
 

Eu não quero filantropia, já é meio dia
Já não me basta esta miopia, da visão política corrompida
Roubaram o lamento da minha cesta básica
Que de básica não tinha nada;
Tomaram de assalto a minha coragem
Tomaram como se toma um porre, mas que bobagem!
O relógio me faz perder o tempo
E o meu raciocínio continua lento;
Outro dia destes tive uma visão
Não lembro se eu bebi demais
Mas acordei sem disposição
Um jovem que gritava por liberdade na prisão;
De nada serve servir a pátria, tão amada idolatrada
Salve, salve o nosso bolso, e salário atrasado
Ouviram do Ipiranga, mas não ensinaram nada as nossas crianças;
Nossos filhos divididos, nosso hino iludido...
Outro dia eu bati de frente com o espelho e vi minha cara quebrada!
Mas que nada, minha outra face vai ser revelada
Esta manhã não vou acordar cedo, vou acordar eu mesmo;
Vou sentir na pele o sol que me esquece o pão de cada dia!
Deixei o cabelo crescer e fiquei sem emprego,
Cortei o cabelo e nada de emprego;
As aparências realmente enganam. Ou serão os políticos deste país?
Despertai hó jovens desta terra adorada
Se acaso houver penhor nesta igualdade
Vós conseguireis conquistar com braço forte;
Temo que! Morrereis debruçados no seio desta liberdade
Mesmo sendo filhos desta mãe gentil.





Marcelo Henrique Zacarelli

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Agosto de 2002 no dia 25.
 
Autor
Marcelo
Autor
 
Texto
Data
Leituras
914
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.