Um dia despercebidamente andando...
Cabrum! Como uma explosão ela invadiu meu coração.
Ela lá, já morava! Dormindo por anos, mas lá estava!
Crásh! Quebrada a parede, pego fui na rede!
Pensava estar acabado; mas, de mim mesmo fui tomado.
Pasmei! O queres agora? Do quê está na hora?
Splink... Tink! Percebes meus estilhaços?
Plact! Plow! Só restaram cacos e pedaços!
Rasg! Como ousas zombar de minha dor, ressurgindo, Senhor Amor?
Pow! Um tiro pode matá-lo e a Mentira sufocá-lo?
Blá! Blá! Blá! Palavras que o vento leva sem direção;
Plaft! Como bofetadas que machucam na alma, elas são.
Onde estou? Perdido, em meio a amor não correspondido!
Quem sou? Um ilustre anônimo, um pseudônimo.
Para onde vou? Para o lugar onde ela não possa estar.
O que faço, então? Guardo nossos momentos no coração...
Ilusão? Não... Esperança!
Pretensão? Não... Só lembrança!
Lembrança do riso, do cheiro e da voz...
Lembrança de mim... Do amor... De nós!