Tu,
Impávida e serena,
Continuas a tua viagem,
Sem olhar para trás,
Sem misericórdia
E sem piedade…
Apesar de sentires a proximidade da ruína,
Caminhas, caminhas e caminhas,
Apenas caminhas,
Deixando pelo caminho
Um rasto de círculos e espirais concavas, que se assemelham
A abismos carregados de trevas,
Aos quais te entregas estoicamente
E nos quais te afundas,
Numa dança absurda
Com sabor a loucura…