Natureza morta
A natureza é uma obra de arte
O verde que estava em qualquer parte
Hoje já temos que nos esforçar
Para curtir a beleza da vida.
A obra mais complexa e querida,
Os animais lindos como camafeus
Livres e alegres cantando por todos
Cantos de meu Deus...
Sofrem a perseguição
Num rosário de prantos.
O tráfico aprisiona
O belo e simples
Castigado pelo homem
Ganancioso.
Que transforma tudo
Ao seu redor, malicioso!
A mais perfeita flor
Virou plástico sem sabor,
Que horror!
A mais perfeita beleza
Sofre agonizante
Pulverizada adiante
Transformada em torre,
Mirante, móvel, viaduto!
E tudo que era lindo
Quando criança,
Hoje, adulto...
Sofro, agoniado...
Em qualquer parte
Desesperado...
Me contento com arte morta num quadro
Esperando que um dia
Possamos olhar com alegria
A volta da beleza
Dessa imensa natureza.
Que triteza!
Marcelo de Oliveira Souza
Natureza morta
A natureza é uma obra de arte
O verde que estava em qualquer parte
Hoje já temos que nos esforçar
Para curtir a beleza da vida.
A obra mais complexa e querida,
Os animais lindos como camafeus
Livres e alegres cantando por todos
Cantos de meu Deus...
Sofrem a perseguição
Num rosário de prantos.
O tráfico aprisiona
O belo e simples
Castigado pelo homem
Ganancioso.
Que transforma tudo
Ao seu redor, malicioso!
A mais perfeita flor
Virou plástico sem sabor,
Que horror!
A mais perfeita beleza
Sofre agonizante
Pulverizada adiante
Transformada em torre,
Mirante, móvel, viaduto!
E tudo que era lindo
Quando criança,
Hoje, adulto...
Sofro, agoniado...
Em qualquer parte
Desesperado...
Me contento com arte morta num quadro
Esperando que um dia
Possamos olhar com alegria
A volta da beleza
Dessa imensa natureza.
Que triteza!
Marcelo de Oliveira Souza