Não há... Não há, não...
Coisa mais singela, mais bonita e sincera
Como este nosso "ser-tão" simples, verdadeiro.
Do amor amigo; da amizade irmão.
Não há....
Não há, não...
Como tão bem disse Catulo: "não há..."
Aqui neste lugar belo e esquecido,
Também eu quero morrer...
Onde a tarde a sururina
Canta e o silenciar tudo rima,
O que me desanima...
Não há... Não há, não!!!
Lua mais bonita, detrás do morro a me olhar...
Maior melodia que esta que aqui há.
Coisa mais bela!!! Mais linda do mundo...
Onde mora minh'alma
Aqui quero viver, ser feliz amar morrer,
Nas manhãs poder cantar livre, como um sabiá,
Vestida de natureza... Não há.
Pés descalços, mão na terra
Fazer castelo na areia...
Me perfumar de lagoa,
Me temperar de mar...
(Ednar Andrade)
(17/08/2011).