SÃO LUÍS (Terceiro Dia)
(Jairo Nunes Bezerra)
Ontem, a chuva precedeu à noite. As gotas d’águas (fortes, ampliadas) saltitavam sobre a pista esmaecida devido ao asfalto surrado pelo movimento oscilatório das pessoas e carros que sobre ela transitam. E aqui, no terraço “consentâneo”, o poeta, hoje, vislumbra um sol independente com liberação de raios cadentes, que iluminam o seu cantinho, onde, com a mente liberada, procura enviar para o espaço da internet esse momento especial que o induz a poetizar. Porém ainda falta: a estrela, o luar e o mar. O mar, todavia, é avistado à distância, mas a estrela fulgurante, distante, aqui não está. E o poeta no terceiro dia, torna-se também amante da natureza, e observa os pássaros voando para destino ignorado, as árvores e, de lado, a Valdete (planta) que já começa a fecundar frutos. No horizonte, nuvens negras... Avançam e repentinamente, volta a chover! E o arejar entristece o momento, trazendo recordações de outras regiões, onde a temperatura imanizada era inefável e provocava cochilos intermitentes. À porta, chega Rosita e com a calma que lhe é peculiar, grita: Doutor o almoço está na mesa. Sinto o ar impregnado pelo cheiro da lagosta e do camarão, crustáceos predominantes no Estado do Maranhão. Resta ao poeta convidá-los: Vamos à mesa!