Meu amor, mais querido e desejado,
se alguma vez ausente de ti,
em todas as minhas horas te pensava,
e assim adormecia, chegando a noite.
Meu ser frágil e deveras desassossegado,
a cada instante se aconchegava,
no teu colo feminino, de mãos em cruz,
pra me acolher, no abrir das flores ao sol.
Amada minha, de meus puros sentidos,
como sofri nossa ausência forçada,
assim como tu, carpindo dolorosas lágrimas,
no medo de nos perdermos, doravante.
Mas o tempo foi justo e a compreensão,
advinda de teu ser mais lindo,
nos juntou novamente, para nos amarmos
em plenitude, pois esse é o nosso destino.
Ah, mas aqui, onde somos seres irreais,
do amor, que nos cabe, fizemos
nossa realidade, como se um rio fulguroso,
mostrasse todo o seu esplendor, de outrora.
Cientes que somos desse presente facto,
caminhamos, como por linhas
paralelas, onde, ao fim, se dá a devida junção,
como duas estrelas a um mesmo brilho.
Jorge Humberto
16/08/11