Sobre uma pedra,
Encontro-me sentado,
Por duas cobras ilhado,
Sem ter descanso ou saida,
Pois para onde olho há uma a destilar veneno
Na intenção de estragar minha vida.
Sinto-me como uma criança encurralada,
Com a cobra da Dani de um lado destilando veneno
E a da Jacira do outro enrolada,
Esperando para dar o bote,
Em minha pobre alma escravisada,
Mostrando-me o quanto foi tolo o tal do Adão
Que deixou a Eva comer aquela maçã desgraçada.
Porque aquele otario não matou aquela cobra a pauladas,
Assim não me deixaria como herança essas duas desgraçadas,
Que tem como unico objetivo ver a minha vida desgraçada.