RÉQUIEM DE VERSOS
(tradução de Um adeus)
Soam versos tão saudosos,
Tão tristes, tão lamentosos,
Soam versos tão dolentes,
Tão melancólicos, tão angustiados,
Soam versos tão magoados,
No vácuo infinito do nada,
Estalam versos entristecidos,
Indo ao encontro dos ouvidos,
De LÁQUEIS, ATROPOS e CLOTO,
Que se deleitam na harmonia,
Do fúnebre canto da agonia.
Cai lágrima, cai feroz,
Salgando os lábios com aflição,
Do amargo eterno da separação,
E deixa pra sempre espelhado,
Em cada gota que cai,
A saudade de quem partiu
Soam versos tão saudosos,
Tão tristes, tão lamentosos,
Soam versos tão dolentes,
Tão melancólicos, tão angustiados,
Soam versos tão magoados,
A tudo quanto se resume,
Este certeiro destino humano,
É dor, é sofrimento, é engano,
Onde se acha este silêncio profundo,
O sono eterno que a escuridão reveste,
No leito perfumado de cipreste.
Oh! Morte, oh! Dama letal,
Forma vaga, negra e dura,
Hora silenciosa que transfigura,
A feição humana em dor e pranto.
Oh! Morte, cortesã da lágrima dolorida,
Sopro final da chama da vida.
ED SILVA 15-08-2011 SP