Pardón, mon ami!
Assim de súbito fazer uma analogia
Pois, o pingüim enfim conduz
Ao filho, por entre os icebergs
Imagem protetora e sábia.
São os pais conselheiros
Sempre atentos,
aos nossos mínimos desejos
Ainda quando os impulsos,
a rebeldia nos aflora
Os “velhos” nos chamam pra pensar.
Combatentes nem sempre presentes
Os pais “modernos” são mais liberais
Mas, ficam colados
aos celulares e insones
Quando os “rebentos”
descobrem a vida, os prazeres
Os pais são como
um farol em alto-mar
Sinalizam quando as tempestades
da juventude nos vêm afrontar
Pingüins sim, porque não?
Camisa branca, terno escuro
Incansáveis em suas labutas
pra sustentar nossos caprichos
Nos oferecem as condições
para estudar, crescer, ser alguém
Gostam de brincar, afagar, conversar
(embora nem sempre demonstrem)
Uma coisa é certa:
pai é essencial na vida de todos nós
Inda que não mais esteja
fisicamente presente (é o meu caso)
Nesta vida tão passageira,
suas passadas e ternas lembranças
Pegadas no caminho da longa estrada
que haveremos de percorrer...
AjAraújo, o poeta humanista, homenagem ao Dia dos Pais, 14 de agosto de 2011.