[Tramas sutis de Poesia e Pintura - Poema desentranhado de um quadro]
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Amor, não lamentes a tua sorte;
pago-te com estes meus versos
a breve hospedagem que me deste
neste teu peregrino coração!
Foste bastante avara nos carinhos,
recusaste a pagar-me pela coleira
com que prenderias o meu amor,
este lambilento cãozinho vira-latas!
Assim, nem os teus encantos de fêmea,
nem as tuas mãos cheias de promessas,
nada me trará de volta à tua cama!
Não quiseste a coleira — o cão fugiu!