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Brado Retumbante

 
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É o meu sangue que sacia a sua secura
Cabe a mim a sede

É a minha carne que alimenta suas entranhas
Cabe a mim a fome

É o meu fôlego que sustenta a sua voz
Cabe a mim a mordaça

Impávido colosso
Um dia me porei de pé

Então sangue inundará minha voz
E com suas entranhas me fartarei

Então meu suor terá justiça
E as lágrimas não serão só minhas


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Autor
AndreVianna
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/08/2011 02:11  Atualizado: 14/08/2011 02:11
 Re: Brado Retumbante - Para o André
Muito bom, muito bom mesmo.
Gostei bastante de vir ler-te, André...

Meus mais sinceros parabéns!

Enviado por Tópico
Margô_T
Publicado: 09/07/2016 15:28  Atualizado: 09/07/2016 15:28
Da casa!
Usuário desde: 27/06/2016
Localidade: Lisboa
Mensagens: 308
 Re: Brado Retumbante
O “impávido colosso” aguarda o dia em que se porá de pé.
Ele tem a “sede” que faz com que o sangue sacie “a sua secura”,
ele tem a “fome” que “alimenta suas entranhas”
e tem, também, a “mordaça” que lhe “sustenta a voz”.

Quando vier, retumbante, o “sangue inundará” a sua “voz” (já não amordaçada) e o seu “suor” escorrerá em nome da “justiça”, tendo a certeza que “as lágrimas” que virão não serão só suas.
Um poema cheio de força... Felizmente a mordaça, aqui, foi libertada para o escoar destes versos tão fortes.