Mãos...
Minhas mãos
Outrora instrumentos
Da alma
Hoje se lançam exoráveis
Ao céu
Buscando a razão do fim
Da poesia.
Pobres mãos
Agora a pouco se prestam
Apenas secam o pranto
Dos meus olhos
Outrora altaneiros
Outrora absortos
Em magia e lirismo
E hoje pragmáticos
Se rendem ao ordinário
Meus olhos obtusos
Só vêem o óbvio
Minhas mãos estão cegas...
Para a poesia...
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.