Sou sempre algo mais
do que imagino, do que quero,
sento-me, sou diferente dos demais,
quieto, calado, eu espero.
Por algo, por tudo, por nada,
agora vou e já não estou,
tudo isto pouco importa,
já nem sei quem sou.
Dispo-me do nada
com que te enfrento,
um mão vazia, hoje lembrada,
por teu corpo em meu pensamento.
Sou um pouco
de todo este nada,
um vulgar, um louco,
um pensar, um ser, mais nada.