Sou cantor das madrugadas,
Vejo a noite, em garrafas sepultadas,
As almas de tantas paixões.
Vejo a noite, almas e homens em prantos,
Por amores que foram tantos,
Que se contar darão milhões.
Vejo a noite, homens bebendo aos borbulhões,
Com os olhos vermelhos da cachaça,
E de chorarem as emoções.
Vejo a noite, tanto Paulo e tanto João,
Que por perderem a amada,
Afogam as mágoas no balcão.
Vejo tudo isso e tomo hoje como lição,
Pois depois de perder a amada,
Sou mais um bêbado que afoga as magoas,
No boteco da paixão!