Eu por mim, incentivo o desvario
Causa primaria ou fim sem meio
A pronunciar em vago pranto
Palavras em triste devaneio
Por ti, sucumbiria em triste enlevo
Na treva bendita, onde nasceram os versos em desencanto
Que por ti velaria na morte de nosso amor, que agora antevejo
E no desespero de triste ilusão, ouso conter o pranto
Por ti... e não por mim, sorria...
Deixava de lado os encantos e as honras
De uma triste existência de glorias e desenganos
Em troca de migalhas de um amor que em seu cerne
Almejava lisonjas...
Por tua existência, desisti da minha
E guardei na memoria, o que poderia ter sido
Como se algum dia pudesse isso,
Viver um futuro de lembranças não vividas,
Restos de sentimentos perdidos...
Por ti silenciei minh'alma
Cerrando meus olhos ao som de triste hino
Buscando nos teus a chama de um amor que nunca vivi
Encontrando apenas o silencio de imagens e sombras sutis
Em um quadro negro chamado destino.