A janela olha para fora.
Olhos docemente azuis
E nuvens brancas
Lhes encimam
Uma feição entrecortada
Pelo tempo…
A roseira com suas rosas
De nervura suave…
O gato a espreitar um inseto
Que surge do jardim…
Fatos numênicos
De ir-e-vir
Quotidianos.
Brilhos solares frágeis
Minguam o horizonte
Que se confunde
Com o céu,
Quando a Lua
Anuncia a noite
(Morre o dia…).
E a janela
Continua a
Olhar para fora.
(Danclads Lins de Andrade).