Vivíamos tempos de glória!
Reis comandavam,
Por todo o Mundo chefiavam e mais
Poder obtinham do povo que exploravam!
Expandiram terra e mar,
Evoluíram, conquistaram e dominaram
Descobriram o que está para além do que enxergavam.
Puderam ultrapassar os muros, fazendo-os desmoronar.
O tempo passou, muita coisa mudou
Mas os moldes seguem os primordiais,
Traços em tudo parecidos com os originais
Se foram arrastando anos demais!
A evolução foi apenas de um padrão.
“Material”, que as vezes parece tão vão…
As mentes tiveram de mudar
Mas nunca esqueceram o poder de vencer
Sempre se importou interesses,
Sempre ganhou quem tinha poder de ganhar!
Sorte daqueles que são desses
Azar dos que não tem as mesmas armas para lutar.
Da monarquia à democracia muito mudou
Mais direitos se adquiriram
E ainda mais deveres se implantou.
Os mesmos moldes de séculos atrás
Continuam guiando o que se faz
O poder monetário tem um peso sem igual
A corrupção, embora diferente, continua
Tornando-se cada vez mais banal
Já não existe a justiça que nos apazigua…
Hoje estamos no século XXI
E o que temos de mais comum?
Inovação, criação, tecnologias que simplificam o viver,
Simplificam tanto, que ate se vai esquecendo a essência do que é Ser
Relações por interesse,
Que resultam em traições de razão.
Lutas pelo poder que merece
Uma tão grande ambição?!
Teoricamente livres e todos iguais,
Pena são os direitos que mudam
E as leis que se moldam, aos desiguais.
Assistimos de camarote ao indesejável
Ao que teoricamente contestamos
Aquilo que se torna um rastilho inflamável
Para o que supostamente odiamos
Casos que na diferença do contexto
Se assemelham na definição;
Premissas que de falso fundo
Se tornam mundo da errada conclusão.
Basta! Começo a fartar, Cansar de olhar e ver daquilo que não quero ver!
Repugna-me esta hipocrisia!
Esta nova velha arte de muita valia!
Direitos Humanos, parecem irrisórios quando se olha de longe ou perto e a realidade que vemos não se desfoca.
O egoísmo é a chave da desigualdade
Revolta-me este país, revolta-me este Mundo,
Quero mais, quero um direito rotundo!