Era uma vez, Inês, que foi rainha;
de Castela, veio ela - a doce Inês,
e com ela a Constança que já vinha
prometida ao Pedro Português.
Envoltos, Pedro e Inês num entremez,
Pedro não fez, talvez, o que convinha...
meteu-se num triângulo e duma vez...
desfez o compromisso que já tinha.
Difícil foi conter amor tão forte...
Que Inês era tâo linda como as flores.
Amor ultrapassou penas e dores...
Pode, até, resistir à própria morte...
Inês morreu de, amores p'lo seu consorte,
sem sorte... que a doce Inês morreu d'amores!...
Matos Serra
http://liricablogonautica.blogspot.com/
Os amores de Pedro I, de Portugal, e de Inês de Castro, têm sido, na poesia, um tema recorrente da maior parte dos poetas, na Literatura Portuguesa, porque não, eu, assumir também o direito de tratar o tema, na minha poesia? A minha poesia é como é e as outras, as dos outros poetas, são como são...
Sendo que afinal o Pedro foi um pingamor, que, para além. eventualmente, doutros amores esporádicos, amou Constança, Inês e Teresa e delas teve filhos, eu poderia tratar o tema em termos de retângulo amoroso, mas deixo isso para mais tarde e vou, por agora, envolver apenas, no "SONETO" que se segue, o Pedro, a Inês e a Constança e tratá-lo na triangular figura geométrica. A memória de Teresa, tão linda também, ao que dizem os incunábulos, que me perdoe um pouco por agora.