Soneto do Palhaço Triste
Ligam-se as luzes no palco, tudo ali, ganha vida
Escutam-se as vozes alegres das nossas crianças
Entre a ribalta, na mais bela alegria e total algazarra
Lá fora, no trailer está o mais velho e antigo palhaço...
Seu nome é O Batatinha, ele faz rir, como ninguém
Entre os lápis coloridos, pós de arroz e outros adereços
Ele veste as suas roupas mais ousadas e mais engraçadas
Para ele esconder, toda a sua alma, a sua tamanha tristeza...
As palmas batem, ferozmente e todos se levantam, é
Hora, hora de ser o Palhaço O Batatinha, feliz e contente
Entre palhaçadas, risos, artimanhas, os raios e coriscos...
O numero acaba, todos ficam desolados, queriam ainda, muito mais
O Batatinha volta para o seu trailer, tirando todas as suas pinturas
Volta, ali a ficar sozinho na sua cruel solidão e caem, as suas lágrimas...
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