O que dói em mim...
Íris Rocha Galvão.
O que dói em mim
não é não ter você...
Não é viver tão só com tanta gente...
O que dói em mim
é que eu não tenho o que
poder lembrar pra lhe fazer presente...
O que dói em mim
é que não há saudade
de beijos e de abraços apertados...
O que dói em mim
é que a nossa verdade
são só mentiras e sonhos mal sonhados!
O que dói em mim
é a covardia de não ter ousado,
é saber que este amor não tem sentido...
O que dói em mim
é não poder chorar por um passado
que não houve mas podia ter havido!
O que dói em mim
é escutar a sua voz distante
quando queria ouvi-la em meu ouvido...
O que dói em mim
é não ter sido amante,
nenhum gesto de amor ter recebido!
O que dói em mim
É ter amado tanto,
ter arriscado e não receber nada...
O que dói em mim
não é nem mesmo o pranto
mas a alegria que me foi negada!
O que dói em mim
é que não teve jeito
de você compreender meu sentimento...
O que dói em mim
é o que não morre no meu peito
e sobrevive em meu pensamento!
O que dói em mim
é o segredo divulgado
e o que era só seu, passado à frente...
O que dói em mim
é o amor ridicularizado,
muito mais do que você indiferente!
O que dói em mim
é não ter começado,
pois a saudade me faria companhia...
O que dói em mim
é o rancor guardado
por você não entender o que eu sentia...
O que dói em mim
é o sentimento de lealdade
que me negou o direito a ser feliz...
O que dói em mim
é que por amizade
você negou na vida, o que eu mais quis!
O que dói em mim
enfim é que eu bem sei
que você também não pode se esquecer...
O que dói em mim
é saber que se eu errei
você errou bem mais por não querer!!!
(O poema O que dói em mim tirou em 1º lugar no Concurso Poemas de Amor do Estado do Rio de Janeiro - Brasil... Posteriormente fiz um outro poema com o mesmo título, que já enviei...)
Carinhosamente,
Íris Galvão.