Meu amor,
deixa tudo para trás,
somos cegos de dor,
de tudo sou capaz.
Não sinto nada,
hoje sou distante,
sou lágrima em tua face derramada,
sou um breve nada tão diferente.
Sou um fantasma,
de tudo o que já fui um dia,
vivo na noite, na calma,
onde não me vês, como antes me vias.
Eu sabia,
como te encontrar agora,
fecho os olhos, minha mão fria,
que não deixa tua ir se embora.
Hoje sou um ser
que já nem o é,
já nem me sinto viver,
caí de joelhos, caí de pé.