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vou partir

 

não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu


fecho a porta – dentro ficam mãos em tempo que nunca acaba – vou partir – deste lado. onde horas correm sem barulho. um corpo morto por dar corda aos sapatos. sem atacadores. t-shirts. calções. barba por fazer. noitadas. cerveja. e a noite sempre a estragar estrelas que se apagam a cada manhã – voltarei. há tempo para tudo. estas mãos nunca sobreviveriam sem vocês –
 
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sampaiorego
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da boca
com pé.
(a sombra ensaiando na porta da frente)
como pão no prato sagrado
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Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 02/08/2011 20:34  Atualizado: 02/08/2011 20:34
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: vou partir
"dentro ficam mãos em tempo que nunca acaba"

Silencio-me...gosto de o ler

Abraço te

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