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Numa manhã de julho, uma senhora e duas crianças, choravam lágrimas pesadas;trôpegas, levavam sacolas de pano e plástico. Entreolhavam-se com tristeza e cansaço. Mergulhado em pensamentos, tentei encontrar motivos para essa viagem.
A jovem senhora, quem sabe? Veio ao encontro do marido, que acabara de alugar uma casa sem quintal?
A casa inteira sempre aparece em minha memória.Na sala uma TV emprestada, na cozinha, sobre a mesa, o almoço frio.
- Trêmulas palavras embrulham respostas, desfiam pensamentos confusos. Para afugentar a angústia, escrevo. Personagens acordam, anoitecem dentro em mim. Pela janela do táxi, meus olhos seguem os passos da jovem senhora e seus filhos cansados.
Poemas em ondas deslizam nas águas.