Agarro-me à última restia
que há em mim de esperança
e atiro longe a falsa modestia
e vejo vir o mar de bonança...
Noite escura mas mui ardente
acolhe-me no teu regaço onde a lua
depõe seu brilho e contente
com todos os seres pactua...
Quero sorrir com as estrelas
e de manhã cantar com a cotovia,
cantar as melodias mais belas
e comer da vermelha melancia...
Quero que minha alma só ria
e chore de tamanha felicidade
e a inspiração que tudo cria
me leve a voar na liberdade...
Não quero ser caso perdido,
mas quero-me encontar de novo
e se alguém sussurrar ao ouvido
o amor puro nele me renovo!
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