Tudo em mim se move em passsos vagarosos, como a tarde que arde até aos abismos. Minha alma titubeante não vislumbra nem um assomo de nada. Cá fora um inferno e dentro a alma gelada e pronta a ser picada para fazer cristais de gelo que vão parar a uma caipirinha que vai alguém saborear com prazer... Ah, se isso fosse possível e depois minha alma se integrasse de novo no corpo de quem a bebesse numa caipirinha... Agora rio-me deste loucura. Eu sem alma e outra pessoa com duas, a dela e a minha. Não, não quero que ninguém guarde a minha alma, pois ela tem tantos tormentos que não os desejo a ninguém...
Vou mudar de cena na tarde que continua tórrida e correr atrás de uma pequena nas areias de fino ouro e depois a atirar para dentro do mar e com ela ficar a brincar, e aprender a nadar, que bem preciso por causa das dores nas costas que de noite me prendem à cama. E depois de tanta folia ver o momento sagrado em que o Sol se despede do dia e diz à Lua que comande as marés e os destinos do universoe nos inspire a todos para o nosso melhor verso!
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