Vagando perdido, pensante,
Perco-me em um mundo distante
No eterno mar da saudade.
Vago entre ondas que vem e vão
Tocadas pelos ventos fortes
Dos temporais do coração.
Vago perdido em meio a vaga de cada onde,
Enquanto uma empurra-me para a busca,
A outra puxa-me para que eu me esconda.
Na mente o sal da saudade
Dá-me uma imagem destorcida,
Em certos momentos mostra-me,
A alegria de teus olhos na chegada
E em outros a tristeza na despedida.
Vago só em um mundo sem sentido,
Onde por vezes sou um anjo,
E por horas sou um homem corrompido.
Vago em meio tranças,
A saudades e esperanças,
No desejo de reencontrar
Aquela que tirou-me a sanidade
E ensinou-me o que é amar.
Luciano Ebeling Fonseca