O terror volta ao Solar dos Capuchos.
Jonas acorda cedo mais cedo que era normal era sexta-feira, estava de férias para a casa de uma amiga para lá da serra do Geres, desce cantarolando, feliz afinal iam ser uns dias espetaculares, entra no café toma seu pequeno almoço apressado, logo o seu amigo Miguel estará à porta.
Escuta os pneus do carro chiando, de fazer fumo, espreita e claro é seu amigo, vizinhos vêem a porta e abanam com a cabeça, zangados. A dona Alice ainda acena ao Jonas dizendo tem cuidado filho e volta logo.
Miguel estava bem disposto, coloca o seu som quase a explodir os tímpanos, eu, apenas mergulho nos meus pensamentos, aqueles ensinamentos sobre meditação ajudaram a ausentar de tanto barulho. Nisto vejo o Miguel aos gritos:
- Jonas, achas que a Francisca vai levar muitas amigas dela para o seu solar?
Jonas encolhe os ombros, estava cansado precisava esticar as pernas, decidiram, pararam o carro e entraram numa taberna, estava cheia de gente, gente simples do campo e tomamos outro pequeno almoço bem recheado.
Miguel pergunta se conhecem o Solar dos Capuchos, fez um silêncio mortal, senti um friozinho na minha Barriga, tinha algo errado ali. Um homem rude diz:
- Então não está já em ruínas? Depois do que ali se passou acho que ficou durante séculos ao abandono.
Indicaram o caminho, mas quando estava a entrar no carro, veio a correr a jovem que estava ao balcão:
- Parem, por favor, esperem.
Jonas parou, mas Miguel entrou no carro, A miúda falou baixinho:
- O isqueiro que deixaram na mesa, mas eu queria vos pedir para terem cuidado ali, ali já foi palco de muitos horrores, cuidado.
Jonas não gostou nem um pouco do que ouviu ali, rindo o Miguel, exclama:
- Jonas a miúda não precisava disto para meter conversa conosco, ela gostou de ti.
Jonas nem lhe respondeu, ele sabia que o Miguel era impossível e parvo a maior parte do tempo.
Ao fazer uma curva vêem um muro bem cuidado com o nome do Solar dos Capuchos, entra num grande portão e vêem uma estrada agradável, cheia de arvores de frutos e nas paredes as trepadeiras cheias de flores. Era agradável, bastante agradável, depois de mais de uns 1000 metros eles vêem um lindo lago e um jardim fantástico e a frente do Solar.
Param o carro, mas não vêem ninguém, saem do carro e logo as portas se abrem da entrada, saem dali um casal já idoso, mas muito simpático. Os convidam a entrar e informam que a menina Francisca atrasou e logo estará ali com eles.
Os levaram para os quartos, mas não antes de eles ficarem absorvidos pela beleza do lugar, era tudo decorado ao mais alto nível, eles pareciam estar num verdadeiro palácio. O Hal era grande, cheio de plantas cadeiras de descanso, belas telas mostrando a natureza algo simplesmente maravilhoso, logo entraram para outro Hal ainda maior que este e vêem as escadas imponentes, todas em granito bem tratado, um lindo carpete dourado pelas escadas fora, os quadros bem colocados, mas antigos, estranho olhando para eles Jonas sentiu um calafrio pela espinha.
Varreu os medos, pensou em algo bom que nem todos podiam ver tudo o que ele estava vendo ali, vivendo ali e ver toda aquela riqueza ali reunida.
Os quartos não ficavam atrás, apenas o dele era pesado, tinha um ambiente pesado todo era muito minucioso, cheio de torneados e cores muito escuras. Não almoçaram já tinham comido alguma coisa e a fome era menos que a sua curiosidade.
Foram dar uma volta fora do solar, era uma surpresa total, tudo estava na mais prefeita harmonia. Viram a capela, os alpendres das alfaias, dos curais, da cavalaria e as casas dos empregados que eram melhor que a minha própria casa.
Realmente só podem vir de alguém com muito nome e muito dinheiro, segundo a Francisca era descendente de Condes e uma linhagem bastante pura.
Logo escutaram risos e vozes os chamando, as meninas já chegaram, todas alegres, Francisca correu a dar um abraço ao Jonas, ela morria de saudades, o Miguel estava meio estranho, olhando para ela e com aquele brilho no olhar, ele sempre teve uma paixão por ela, mas nunca o admitiu. Ela corre e pula para o colo de Miguel, abraça-o bem apertado e depois mexe nos seus cabelos e diz:
- Que saudades eu tinha vossas e destes teus cabelos fartos.
Desata a rir e apresenta as primas e amigas e dizendo que a turma ainda não estava completa. Logo mais chegariam os primos e seus amigos, agora queria ir conhecer a casa, pois ela só veio em pequena ali.
Todos estavam encantados pelo luxo e pela riqueza que ali esta bem definida, ela contou que aquela casa já estava na sua família desde o reinando de Dom Afonso Henriques, antes era de outra família também muito poderosa ligada à igreja, que segundo ela soube morreram todos de causas desconhecidas e estranhas.
Logo chegaram os primos, foi uma confusão total, subiram para tomar banho e mudarem de roupas, pois vinham cansados e com muito calor, era primavera, tinha dias que a noites eram geladas, mas os dias quentes e secos.
Logo a mesa do salão grande estava repleta de iguarias, nada ali faltava, não via empregados a não ser aquele casal simpático, mas nem pensei mais no assunto.
Sentamos a comer todos, em conversas amenas, entre aquelas impressões estranhas de ter mais alguém ali conosco, observando-nos, eram demasiado real, logo passamos para o salão de jogos, nada faltava ali, desde computadores, bilhares, mesas de jogos e outros divertimentos que faziam justiça a quem tinha bom gosto e requintado.
Claro que bebidas alcoólicas também não faltavam ali, foi um descarregar de stress, ninguém ia pegar em carros e estavam em casa e livres para dar asas às fantasias.
No meio das conversas, risos, confusão, algo acontece, algo os faz ficar calados quando aquele relógio na entrada dá as 12 badaladas, fortes e imponentes, o frio gela a espinha de todos, os gritos são aterradores, marcantes, saem todos da sala, mas confusos, apenas eles e os empregados estão na casa.
Os gritos voltam mais intensos, correm ao andar de cima é de lá que os gritos vêem fortes, entre o medo e o pasmo, abrem a porta do quarto do Jonas é ali que os gritos ficam mais intensos.
Ao abrir a porta, Jonas vê um homem com os olhos vermelhos, esvaindo sangue, rindo de forma diabólica e olha para a sua cama e vê uma mulher jovem linda morta desmembrada e envolta em sangue, estranho ele vê, mas ninguém mais vê isso apenas ele. Assustados decidem ficar em grupos nos quartos e reduzir o mínimo de quartos, voltam para a sala afinal ninguém ia conseguir dormir.
Deram as duas e a três badaladas, eram três da manha em ponto, volta tudo de novo acontecer, mas ainda mais forte, correm para os quartos e nada encontram a nãos ser o Jonas, ele vê uma adolescente morta na sua cama e o louco saindo com uma faca exclamando:
- Vai ser a vez dela, eu a vou matar, não vai ficar um vivo dessa maldita linhagem.
Jonas pergunta a todos;
- Vocês escutaram? Ouviram o que eu escutei agora?
Todos abanavam a cabeça de forma negativa e apenas escutaram os gritos nada mais. Eles estavam numa casa assombrada e um primo da Francisca, de repente diz:
- Eu tenho a câmara de filmar e temos as câmaras digitais de tirar fotos, vamos tentar registrar algum evento paranormal por aqui.
Inconformados, foram dormir ou tentar descansar o corpo, não estava muito certo do que estava a passar, mas eram horríveis as portas pareciam abrir, escutavam passos pelo corredor, bater as portas e coisas que melhor nem falar. Jonas por uns momentos adormeceu, acordou com aquela sensação que alguém estaca tocando seu rosto, a sensação era gelada, fria, abre os olhos e vê uma garota ai com treze anos, pareceu à mesma morta na cama onde iria ficar.
Estremece, fecha os olhos e abre-os de novo, a garota ainda esta ali, ela puxa seu pijama e pede que o acompanhe, ele negasse a o fazer.
Ela fica com seu rosto zangado e esfuma-se no ar, que sensação, Jonas olha para o lado e o Miguel continuava dormindo, porque só ele via e escutava os mortos, isso estava martelando a cabeça.
Era já dia e levantei-me passear dentro do solar, Francisca falou que eles tinham uma grande biblioteca e muito antiga, eu queria pesquisar e ver se encontrava alguma ligação ali com os acontecimentos da noite.
Vejo aquela porta grande, com um desenho de uma coruja talhada em madeira, seus olhos pareciam entrar na minha alma, querer saber por que eu ia ali, estranho aquele olhar eu já o conhecia.
Entrei na biblioteca, algo me gelou a espinha, era sinistro o que estava acabando de ver, o homem estava ali, despertei a curiosidade e Jonas quase cai no chão de susto, era aquele homem, que ameaçou matar na noite seguinte. Ele para seu espanto ainda vê ao fundo um lindo quadro, uma mulher lindíssima e sua filha, que também era bonita. Olha de novo e fica aterrorizado, são as que estavam na sua cama, meu Deus que eu vou fazer assustado, ele sai e vai de encontro à capela.
Entra nela e ajoelhasse, nunca rezou, mas algo ali aconteceu, ele conversou com Deus e à medida que o fazia seu peito aliviava na dor, ele sabia que algo muito ruim ai acontecer ali, algo muito mau mesmo.
Ele resolve nada falar a ninguém, tenta ocupar a cabeça com as tropelias da Francisca e do Miguel, foram pescar, foram nadar, fizeram um belo piquenique e depois de volta ao Solar à realidade do Solar.
Jonas entrou na sala e viu, viu no canto da sala um homem vestido de preto, seu rosto não era visível, apenas via uma arma em sua mão nem sabia o nome daquela arma, era muito antiga, parecia à morte, ali parada.
Esfregou seus braços, sentiu aquele nó invadir a sua garganta, saiu dali e foi para a cozinha, mas não adiantou, ele, continua atrás dele. Permaneceu em silêncio, Miguel estranhou o seu amigo, ele apenas desculpou-se com uma dor de cabeça, nada o que fizessem o alegrava algo de ruim ia acontecer e ele não sabia o que era.
O relógio bateu a meia noite, tudo volta acontecer de novo, ele apenas ficava atento aos detalhes, desta vez o fantasma, sai do quarto, e rindo-se e dizendo:
- Nem penses que vais impedir, eu te vi na capela. Não tens força para mim.
Continua a rir, estrondosamente, Jonas tapa os ouvidos. Ele diz que não vai mais descer quer ir dormir, que nada ele tinha medo do que poderiam acontecer, ali, todos concordam em ir dormir, afinal estavam muito cansados.
O silêncio era esmagador na casa, estranho não se escutava nem um ruído, nem um passo, estava tudo na paz, sem conseguir ficar acordado ele adormece
Jonas acorda com um grito avassalador, de repente juntaram-se outros gritos, todos olhavam incrédulos para Jonas, ele não sabe o porquê disso tudo, olhou-se e qual é o seu espanto ele se vê cheio de sangue e em suas mãos aquele objeto estranho, cortante e cheio de sangue.
Olha para dentro do quarto e vê Francisca, morta, retalhada, uma poça cheia de sangue que já vinha na porta do quarto.
Miguel gritava e falava:
- Jonas que fizeste tu? Meu Deus a Francisca que fizeste tu?
Eu nada fiz, pensava Jonas, nada mesmo, que raio estava ali a fazer com aquilo na minha mão e coberto de sangue? Nisto ele vê sair do quarto o fantasma, rindo e como ele ria, e olhando para ele:
- Acabou a raça maldita desta família, obrigado por me ajudares, afinal sempre serviste para alguma coisa. Tu és meu descendente igualzinho a mim. Sejas bem vindo ao inferno que eu vivo.
Rindo ele sai do quarto, Jonas esta sem reagir a, policia o prende, ele é levado ara o carro e aquela menina, que veio a sua cama, se aproxima dele e diz:
- Eu quis te ajudar, não me quiseste ouvir.
Ela se esfuma no ar e entrando no carro ele vê aquela miúda da taberna com os olhos rasos de lágrimas. Acenando timidamente para ele.
O carro sai e Jonas olha para trás e vê na janela do quarto aquele homem hediondo acenando para ele também.
Começa a falar coisas sem nexo, nada que ele dizia tinha sentido, ele conversava com alguém que ele dizia ter do seu lado, outro fantasma?
Era eu, eu o conduzi exatamente ali e naquele aquele fim de semana...
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