Na solidão da noite
Pedindo esmola na rua
Olhos na boneca ferida
Meninas numa noite de chuva
Sentadinha no meio fio
Pensando na própria vida
Medo de sentir abandonada
Já de olhos aberto chorando
Numa infância congelada
Corpos humanos adultos, nus
Junto com os ratos da rua
Fico arrepiado com a vista
Parece que estão vivos
Mais sim o contrário
Parece que estão mortos
Não é preciso ir tão longe
Só você olhar do lado
Que é um mundo real