Tudo cheira bem e mau no largo borogodo – Lizaldo Vieira
Ta tudo muito bem
Ta tudo muito mau
É côncavo
O limite de resistência a tanto dissabor
Simplesmente
Convexo esse espelho
É de arrepiar
Essa nossa jornada abjeta
Terráquea
Pequena
Mundo adverso
Complexo
Pra alguns
Tudo muito legal
Pros mesmos
Céu de brigadeiro
Muito chope na Pansa
Dindim na poupança
E a rede só balança
Enquanto nos outros
Tudo muito ruim
La pro beleleu
O que a plebe deseja
Ta tudo aí
De bom
De ruim
No jornal dia a dia
Pairando bem
Pairando mau
No largo paranoá
Ate quando
Nem sabemos
Será
Quando o circo pegar fogo
O palhaço quebrar a perna
O graveto derrubar a panela
A raposa comer a ultima galinha
Ou quando Brás
Enfim
For tesoureiro
Depois de tanto comercial
Por baixo dos panos
Arre diacho
Com tanto desengano
Dando
Vivas a agonia de mãe Rita
Em luta pro cristão
Vir ao mundo dos pecados
Com espinhela caída
E bucho quebrado
Depois fica ledo jornal
Esticado no assalto
Na avenida planalto
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...