Oiço histórias
do velho do jardim,
doces memórias,
deste ser sem fim.
Oiço todos os seus contos,
são daqueles onde há rei e rainha,
com finais como nossos sonhos,
onde sonho que és minha.
O velho é sozinho
a pena de o ver alí,
só, seguindo o caminho
onde outrora me perdi.
Nesse futuro que hoje prevejo,
onde sou tambem esse velho,
contando histórias de tudo o que desejo,
com medo de me ver ao espelho.
Agora em adolescente,
sonho com tudo diferente,
acredito em fadas e videntes,
com medo do mundo onde se sente.
Rosas azuis,
são aquilo que vejo no jardim,
onde o velho pergunta "como vais",
só para ter a atenção de algo, antes do fim.